Contexto Paulista: Seade registra tendência de queda do número de nascimentos no Estado

Wilson Marini – Rede APJ

Esta é publicada pela Associação Paulista de Portais e Comunicação (APJ), rede de coluna de grupos de 16 líderes de prestígio regional com nenhuma circulação

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Cerca de 522 mil mulheres foram mães no Estado de São Paulo em 2021, segundo levantamento a Fundação Seade divulgado esta semana a propósito do Dia das Mães, comemorado neste domingo, 8 de maio. Segundo os analistas, pelo quarto ano consecutivo, houve declínio no número de nascimentos (nascidos vivos). Os números são dos Cartórios de Registro Civil. Em relação ao ano anterior, houve redução de quase 30 mil nascimentos. “Esta diminuição pode ser decorrência da combinação da queda da fecundidade e da decisão em adiar a gravidez frente à pandemia”, interpretou o órgão.

Mais números

No primeiro semestre, em especial entre março e maio, o número de nascimentos supera ligeiramente o observado no segundo semestre. Com isso, de acordo com a pesquisa, os nascimentos mensais indicam que a sazonalidade se manteve no período de 2019 e 2021. No mesmo período, o número de nascidos vivos diminuiu em todas as regiões do Estado. A Região Metropolitana de São Paulo registrou a maior queda (12,5%), resultando em 36 mil crianças a menos, seguida pela região de Campinas, com retração de 8,5% (-7 mil crianças). As regiões situadas a oeste do Estado e a de Franca tiveram reduções entre 8% e 11%. Já os menores decréscimos ocorreram nas regiões Central e Sorocaba, com variações inferiores a 6%.

Taxa de fecundidade

Em 2021, para cada mil mulheres de 15 a 49 anos, 43,5 tiveram filhos, sendo que essa taxa de fecundidade variou de 14,0 a 77,0 por mil entre os municípios paulistas. Entre os municípios com mais de 120 nascimentos, Bady Bassitt (77,3 por mil) e Barueri (71,7) apresentaram as maiores taxas, ao passo que as menores foram observadas em Pradópolis (31,1) e Monte Aprazível (30,9).

No comércio varejista

No mês de maio, as vendas no comércio varejista do Estado de São Paulo devem alcançar R$ 83,1 bilhões, de acordo com estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Apesar da retração de 1,6% em comparação ao mesmo período de 2021, caso os números se concretizem, este será o segundo melhor “mês das mães” desde o início da série histórica da pesquisa, em janeiro de 2008. Dentre as atividades que geralmente se destacam no período, as lojas de vestuário, tecidos e calçados (3,2%) e de farmácias e perfumarias (0,6%) tendem a mostrar maior crescimento em função do Dia das Mães.

Vestuário atrai mais

A previsão é que, no mês, cada família destine R$ 2.973,40 – queda de 4,7% ante maio do ano passado, quando alcançou R$ 3.120,48 – para a aquisição/o consumo nos segmentos que, historicamente, são os mais procurados na data, ou seja, assistência à saúde/beleza, eletrodomésticos e eletrônicos, mobiliários e artigos do lar, vestuário, alimentação e produtos de higiene. Dentre eles, vestuário é o único com estimativa de aumento nas vendas em tíquete médio familiar.

Ritmo do consumo

A taxa estimada para este ano pode ser um indicativo de redução no ritmo do consumo, segundo a entidade. Neste sentido, o fator mais preocupante – e o obstáculo que pode ser decisivo para a manutenção de um ciclo mais aquecido e sustentado de vendas – é a inflação, elemento de maior impacto negativo sobre o poder de compra das famílias, em especial se for considerado o nível de endividamento dos consumidores.

Crescimento

De acordo com estudo sobre o Produto Interno Bruto (PIB), da Fundação Seade, entre os meses de janeiro e fevereiro, a economia do Estado de São Paulo cresceu 1,7%, já descontados os efeitos sazonais, com acréscimos nos setores da indústria (1,9%), dos serviços (0,9%) e da agropecuária (0,1%). No acumulado de 12 meses, houve crescimento de 5,1%, com resultados positivos nos serviços (6,3%), na indústria (3,1%) e decréscimo de 4,7% na agropecuária.

Crescimento (2)

O PIB+30 de março de 2022 cresceu 1,8%, com ajuste sazonal, e manteve sua trajetória de recuperação, ficando em patamar superior aos níveis anteriores à pandemia. No acumulado de 12 meses, o PIB+30 de março apresentou resultado positivo de 4,8%. Nos três primeiros meses de 2022, o PIB+30 paulista cresceu 1,6% em relação ao mesmo período de 2021.

O que é o PIB+30

O PIB+30 é um indicador apresentado na forma de índices e taxas ajustadas sazonalmente e publicado juntamente com a estimativa oficial do PIB do mês anterior. Em relação ao desempenho da economia para 2022, a análise da Fundação Seade levou em conta os melhores resultados dos indicadores em comparação aos dados divulgados em março, e projeta o PIB anual com média de crescimento de 1,3%, mínima de 0,4% e máxima de 1,7%.

Balanço da Agrishow

A Agrishow, que aconteceu de 25 a 29 de abril, em Ribeirão Preto, se consolidou como um dos principais eventos de turismo de negócios do País, segundo o governo estadual. Segundo estudo do Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado, 85,2% dos participantes eram de fora da Região Metropolitana de Ribeirão Preto, índice considerado elevado. Excluindo os moradores, segundo o CIET, mais de 135 mil pessoas de todo o País estiveram na feira, com impacto econômico – gastos totais dos turistas – de quase R$ 400 milhões em toda a região.