Contexto Paulista: Mercedes e Bosch investem em centro de testes no Interior

As multinacionais Mercedes-Benz e Bosch juntaram-se para a criação de um centro de testes de veículos em Iracemápolis, cidade próxima a polos regionais importantes do Interior Paulista como Rio Claro, Piracicaba e Americana. O local será usado para a realização de ensaios com automóveis, veículos comerciais leves, motos e máquinas agrícolas. O empreendimento será construído em área da Mercedes-Benz onde já funciona o maior centro de provas do Hemisfério Sul para veículos comerciais. Serão investidos R$ 70 milhões.

Projeto para 2021

O início das obras do centro de testes está previsto para o primeiro semestre de 2020 e a inauguração para 2021. Com pistas para avaliações de segurança veicular, eficiência energética e novas tecnologias, o centro facilitará o desenvolvimento de veículos equipados com sistemas de assistência ao condutor, que proporcionarão uma mobilidade livre de estresse e acidentes.

Campo de provas

O campo de provas da Mercedes-Benz em Iracemápolis dispõe de 16 pistas, numa extensão total de 12 quilômetros. São 14 pistas para verificação de durabilidade estrutural, uma de conforto acústico e térmico e uma de terra. As pistas são usadas para testes de caminhões e ônibus da marca. Cada placa de concreto dessas pistas possui uma superfície única, modelada matematicamente, e pesa de 15 a 18 toneladas.

Motos em alta

Está em alta a venda de motos este ano. No acumulado do ano, até o mês de novembro, foram emplacadas no país 983,4 mil unidades, total 14,8% superior ao registrado nos mesmo período de 11 meses de 2018. Os números foram divulgados pela Fenabrave, federação que reúne as associações de concessionários.

Veículos novos também

Em novembro, a venda de veículos novos no Brasil, considerando-se apenas os automóveis e comerciais leves (picapes e furgões), cresceu 4,38% sobre novembro de 2018, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Considerando o emplacamento de todos os segmentos somados (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros veículos), houve crescimento de 7,81% em comparação ao mesmo mês do ano passado.

Indústria

A Confederação Nacional de Indústria (CNI) informou na segunda-feira (2) que o faturamento real da indústria cresceu 1,3% em outubro em relação a setembro. Segundo a CNI, é o quinto mês consecutivo de alta do faturamento, que acumula alta de 3,9% no período.

Agropecuária puxa o PIB

O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 0,6% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. O resultado foi divulgado nesta terça-feira (3), no Rio, pelo IBGE. Na comparação com o terceiro trimestre de 2018, o PIB teve crescimento de 1,2%. Em valores correntes, o PIB atingiu R$ 1,842 trilhão no terceiro trimestre de 2019. A agropecuária apresentou a maior alta entre os segmentos, com 1,3%.

Dólar favorece o agronegócio

Uma alta do dólar que não escape ao controle pode contribuir para a recuperação econômica do Brasil. O agronegócio, em particular, não tem o que temer no tocante ao dólar. É o que afirma o coordenador científico do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), da USP, em Piracicaba, Geraldo Barros, a respeito da tendência da alta do dólar e os efeitos sobre a produção do agronegócio.

Renda supera os custos

Estudos do Cepea/USP mostram que uma elevação do dólar tende a favorecer o agronegócio, setor que exporta bastante e importa pouco, mantendo-se superavitário pelo menos nos últimos 25 anos. Na opinião de Barros, uma alta do dólar atua via dois canais para o produtor agrícola. Ao mesmo tempo que eleva os custos por causa do aumento dos preços dos insumos importados, também incrementa a renda bruta porque aumenta a receita das exportações convertida em reais. “Mas, como regra, sabe-se que o aumento da renda supera a elevação de custos”, diz ele.

Empregos em São Paulo

De acordo com estudo elaborado pela Fundação Seade, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no Estado de São Paulo em outubro houve criação de 11.727 empregos formais, com ampliação de 0,1%. No ano, o saldo no estado foi de mais 263.747 empregos, o que corresponde a 31,3% dos postos de trabalho gerados no país (841.589 empregos).

Variação positiva

Em São Paulo, em outubro, houve variação positiva no comércio (9,2 mil postos de trabalho), nos serviços (8,9 mil postos) e na construção (2,3 mil). Na comparação com outubro de 2018, dos 170 mil novos empregos gerados no Estado de São Paulo, 76 mil foram na capital, 28 mil nos demais municípios da Região Metropolotina de São Paulo e 20 mil na região de Campinas. Os dados são da Fundação Seade.