Contexto Paulista: Com quase 15% do consumo, Interior Paulista é o maior mercado do país

Wilson Marini – Rede APJ

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Esta coluna é publicada pelos grupos de comunicação da Associação Paulista de Portais e Jornais (APJ), rede formada por 16 líderes de prestígio regional com circulação no Estado de São Paulo

O Interior Paulista será responsável por 14,65653% do total do consumo do país em 2021, segundo estimativa do estudo IPC Maps 2021 que acaba de sair do forno com base em dados consolidados e projeções de órgãos oficiais. Com esse percentual, o Interior Paulista se consolida como o maior mercado consumidor do país. A Região Metropolitana de São Paulo, que aparece em segundo lugar no estudo, será responsável neste ano por 12,96555% do mercado brasileiro. No plano estadual, o Interior de São Paulo será responsável por 53,1% do total do consumo total. Essa participação aumentou significativamente desde 2014, quando representava 49,78% do consumo do Estado de São Paulo (R$ 500,1 bilhões). Em 2020, o Interior Paulista foi responsável por 14,23219% do país e por 53,9% do Estado.

O que é

O estudo IPC Maps é especializado há quase 30 anos no cálculo de índices de potencial de consumo nacional. No caso de São Paulo, o IPC Maps considera Interior todos os municípios que estão fora da Região Metropolitana de São Paulo (39 municípios), portanto a área abrange 606 municípios, incluindo a Baixada Santista e os demais municípios do Litoral. As informações foram confirmadas para a coluna Contexto Paulista por Marcos Pazzini, responsável pelo IPC Maps.

Referência para investimentos

A participação do Interior Paulista no bolo do consumo nacional este ano representará uma movimentação de R$ 743,8 bilhões em itens como alimentação, habitação, transporte, saúde, vestuário e educação segundo a consultoria IPC Marketing e Editora, responsável pelo levantamento. O documento é referência para investimentos empresariais e políticas públicas.

Mercados potenciais

O desempenho dos 50 maiores municípios brasileiros equivale a R$ 2,011 trilhão, ou 39,6% de tudo o que é consumido no território nacional. No ranking dos municípios, os principais mercados permanecem sendo, em ordem decrescente, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. Algumas cidades metropolitanas ou interioranas aparecem no topo do ranking como Campinas (11º), Guarulhos (13º), Ribeirão Preto (17º), São Bernardo do Campo (18º) e São José dos Campos (20º).

Hábitos de consumo

O levantamento detalha as preferências dos consumidores brasileiros na hora de gastar sua renda.Os itens básicos aparecem como prioridade: 25,76% dos desembolsos destinam-se à habitação (incluindo aluguéis, impostos, luz, água e gás); 17,96% outras despesas (serviços em geral, reformas, seguros etc.); 14,11% vão para alimentação (no domicílio e fora); 13,06% a transportes e veículo próprio; 6,66% são medicamentos e saúde; 3,71% materiais de construção; 3,46% educação; 3,43% vestuário e calçados; 3,29% recreação, cultura e viagens; 3,29% em higiene pessoal; 1,52% móveis e artigos do lar; 1,49% eletroeletrônicos; 1,1% bebidas; 0,53% para artigos de limpeza; 0,45% fumo; e 0,17% refere-se a joias, bijuterias e armarinhos.  

Faixas etárias

A população de idosos continua crescendo, chegando a cerca de 31,2 milhões em 2021 no país. Na faixa etária economicamente ativa, de 18 a 59 anos, esse índice passa de 128,7 milhões, o que representa 60,3% do total de brasileiros, sendo mulheres em sua maioria. Já os jovens e adolescentes, entre 10 e 17 anos, vêm perdendo presença e somam 24 milhões, sendo superados por crianças de até 9 anos, que seguem na média de 29,5 milhões.

Melhoria no ar

O Conselho Estadual do Meio Ambiente aprovou, em 19/05, os novos padrões de qualidade do ar no Estado de São Paulo, que passam a valer a partir de janeiro de 2022. A definição se deu a partir de estudo técnico realizado pela Cetesb, que levou em conta a evolução da qualidade do ar ao longo do tempo, além de considerar as novas tecnologias disponíveis, tanto no setor automotivo como no industrial, que estão se adequando com relação ao desenvolvimento sustentável. Estudos

Melhoria no ar (2)

Estudos da Cetesb demonstram que, desde 2014, os níveis de material particulado no ar na atmosfera da Região Metropolitana de São Paulo foram reduzidos de 36 µg/m3 para 27 µg/m3. O esforço de São Paulo se concentra também na redução do ozônio, um desafio das grandes metrópoles do mundo, por meio de planos de controle de poluição já em andamento e que estão sendo aprimorados, especialmente nas áreas onde os padrões vigentes não são atendidos.

Rio Preto metropolitana

O governo estadual anunciou o envio para a Assembleia Legislativa de São Paulo de projeto de lei que autoriza a criação da Região Metropolitana de São José do Rio Preto. Com a aprovação do projeto, as ações dos municípios passam a ser trabalhadas em conjunto entre as cidades.

Breves

●     A fabricante de pneus Prometeon (antiga Pirelli) anunciou a geração de 150 novos postos de trabalho para a ampliação de 20% da capacidade de produção na unidade de Santo André a partir de julho. (Diário do Grande ABC).

●     O Grupo Pereira, detentor da rede Fort Atacadista, anuncia investimento de R$ 70 milhões em Jundiaí com a construção de um ponto de venda na região da Ponte São João. (Jornal de Jundiaí).

●     Com investimento superior a R$ 80 milhões, a JBS acaba de inaugurar fábrica de latas em Guaiçara, no interior de São Paulo. (New Trade)