Um estudo revela que cerca de 90% dos lares paulistas têm acesso à internet. Nos 10% de domicílios paulistas desconectados, os principais motivos para a falta de conexão à rede são: desconhecimento do uso da internet pelos moradores (23%), custo elevado (19%) e falta de interesse (14%). O acesso é influenciado por fatores socioeconômicos e demográficos, sendo menor entre idosos e classes sociais D/E. O custo e a falta de habilidade parecem explicar quase a metade dos eventos de exclusão digital, figurando como os principais entraves no acesso aos benefícios da rede, “requerendo atenção ao letramento digital como parte de políticas públicas voltadas ao uso das novas tecnologias”, segundo a Fundação Seade. Os dados são da pesquisa TIC Domicílios 2023, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br-NIC.br), que reúne um conjunto de informações sobre infraestrutura tecnológica nos domicílios paulistas, acesso à internet e usos de governo eletrônico por parte de seus residentes.
Plano de celular prevalece
Uma primeira constatação é que houve queda na modalidade de conexão móvel nos lares paulistas. Na comparação com 2019, a conexão via modem ou chip 3G ou 4G respondia por 22% dos acessos. Em 2023, essa proporção caiu para 16% de unidades conectadas por banda móvel. Segundo a Fundação Seade, há uma tendência de as classes D/E optarem pelo acesso por meio de um plano de celular.
Computador em quase metade
O estudo ainda aponta que em quase metade das residências paulistas há presença de computador e os notebooks são os equipamentos mais encontrados. Em torno de oito a cada dez domicílios paulistas das classes A/B dispõem de computador, enquanto nas classes D/E apenas uma a cada dez moradias possuem o equipamento.
Acesso individual
Pela primeira vez, a série analisada mostra a tendência de crescimento no acesso individual à internet: 88% dos residentes no Estado são considerados usuários da rede, incremento de nove p.p. em relação à 2022. Os dados sugerem, de acordo com a Seade, que em 2023 houve ampliação no acesso entre os seguintes segmentos: com 60 anos ou mais, com ensino fundamental e das classes D/E. Trata-se de segmentos tradicionalmente menos conectados e que passaram a utilizar a rede.
Aplicativos de mensagens
A incorporação da internet ao cotidiano das pessoas, como por exemplo o uso de aplicativos de mensagens, ajudam a explicar a intensificação do acesso. Em decorrência disso, houve decréscimo entre os residentes que declararam nunca ter acessado a internet, 8%, em 2023. Podem ter influenciado esse comportamento fatores como a ampliação da cobertura de domicílios com acesso à internet, especialmente naqueles cujos residentes são das classes D/E, e a crescente oferta on-line de produtos e serviços digitais, além do comércio eletrônico.
Incentivo
O Governo de São Paulo aumentou o valor anual usado para comprar alimentos da agricultura familiar. Por meio de um decreto publicado nesta quarta-feira (31), o valor máximo que o Governo poderá comprar de cada agricultor em um ano dobrou: foi de R$ 52 mil para R$ 104 mil. A medida faz parte de um pacote de ações em apoio à agricultura familiar.
Investimentos
● Maior rede de centros automotivos do mundo, com atuação em 52 países e mais de 6.000 pontos de vendas, a Point S chega ao Grande ABC. Santo André sediará a terceira loja na região Sudeste e a sexta no País. A intenção é ter 250 em cinco anos, sendo 25 até o fim de 2024, com investimento de R$ 175 milhões. (Diário do Grande ABC, Rede APJ).
● A Fictor Energia, divisão do Grupo Fictor para investimentos e desenvolvimento de projetos de energia renovável, iniciou as operações do Complexo de Usinas fotovoltaicas de Beira do Rio, em Presidente Epitácio, na região de Presidente Prudente, noroeste do estado de São Paulo. O projeto reúne cinco usinas interligadas com capacidade de geração de 6,9 megawatts, resultado do investimento de R$ 35 milhões, com recursos próprios.
Hidrovia viável
Balanço semestral do Departamento Hidroviário do Estado aponta um aumento na quantidade de carga transportada na Hidrovia Tietê-Paraná no primeiro semestre deste ano. Ao todo, foram movimentadas aproximadamente 974 mil toneladas de carga, 5,8% mais que no mesmo período de 2023.
Commodities
Entre os principais produtos transportados estão soja, farelo de soja, milho e cana-de-açúcar. No primeiro semestre deste ano, as cargas foram predominantemente soja, com 786.927 toneladas (81%), e cana-de-açúcar, com 186.327 toneladas (19%). Os dados referem-se ao trecho paulista da Hidrovia Tietê-Paraná, administrado pelo Departamento Hidroviário.
Corredor
Cerca de um terço (800 km) dos 2,4 mil km de extensão da hidrovia passam por São Paulo. Os demais 1,6 mil km dividem-se entre Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais.
Frase
“A Hidrovia Tietê-Paraná é o principal sistema de transporte hidroviário de carga do nosso estado e um importante corredor de exportação multimodal do país. Por consumir menos combustível e emitir menos poluentes por volume de carga transportada, é considerada um meio logístico mais econômico e sustentável, quando comparamos ao transporte rodoviário. A hidrovia é um eixo importante de escoamento de cargas da região Centro-Oeste, que têm como destino o Porto de Santos” – secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende.