Contexto Paulista: Economia do Interior Paulista reage à crise da pandemia

Wilson Marini – Rede APJ

A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado calcula o momento certo de anunciar a retomada do crescimento econômico do Estado, logo após o período pós-pandemia. O desempenho positivo do agronegócio, somado à confirmação de investimentos empresariais no Interior Paulista em plena crise da covid-19, justificam segundo o secretário Henrique Meirelles a perspectiva de que a economia paulista segue fortalecida no cenário nacional. Exemplo desse otimismo é a notícia publicada pela Veja segundo a qual o governo estadual planeja retomar viagens ao exterior em busca de financiamento para projetos no Estado. Já estão agendadas visitas à Alemanha e aos Emirados Árabes, que terão escritórios de representação, a exemplo da China.

Mogi das Cruzes: empregos

Nos próximos meses, a empresa Ponsse deverá gerar até 250 novos empregos, inclusive para trabalhadores com alta formação, na unidade de Mogi das Cruzes, segundo informa O Diário de Mogi, da Rede APJ. “A confirmação das novas operações da Ponsse é uma ótima notícia, que trará mais empregos à população e renda à cidade”, diz o prefeito Marcus Melo. A Ponsse é uma empresa de origem finlandesa, pioneira e líder mundial na fabricação de equipamentos de colheita florestal com o sistema Cut-to-Lenght, o mais ecológico da atualidade. Está em Mogi desde 2006.

Mais investimentos

Com as novas operações no município, a Ponsse irá produzir e montar equipamentos que serão utilizados na extração de eucaliptos por uma empresa no Interior do Estado que produz celulose solúvel. O produto é utilizado em vários ramos da indústria, desde a têxtil, lenços umedecidos, armações de óculos e até sorvetes. “Mesmo com todas as dificuldades econômicas que o mundo vem enfrentando por causa da crise causada pelo novo coronavírus, o setor produtivo e a Prefeitura continuam trabalhando para trazer novos investimentos a Mogi das Cruzes”, destacou ainda o prefeito.

São José dos Campos: crédito a lojistas

O Shopping Jardim Oriente e sua administradora AD Shopping firmaram uma parceria com o Banco Inter para disponibilizar uma linha de crédito de R$ 300 milhões, com juros a partir de 1% ao mês, prazo mais longo e pagamento facilitado, para pequenos e médios varejistas locais. O auxílio estará disponível para os mais de 150 lojistas do centro de compras. A informação é do jornal O Vale, da Rede APJ.

Jundiaí: investimento

A STIHL Ferramentas Motorizadas inaugurou um novo Centro de Distribuição (CD) em Jundiaí. Entre os principais objetivos para a movimentação está a redução de tempo nas entregas de produtos para as regiões atendidas. A obra do empreendimento durou 11 meses e estruturou um armazém logístico de 8 mil m². O investimento total é de R$ 14 milhões em instalações, equipamentos e software.

Em busca de mercados

A empresa Pozelli Alimentos, produtora de pão de queijo, chipa e cookies, investiu R$ 6 milhões na expansão da sua fábrica em Hortolândia. Para o presidente da agência InvestSP, Wilson Mello, a empresa está num caminho promissor, que pode ser a alternativa para muitas fábricas paulistas. “O setor de alimentos é um ramo muito importante da economia paulista. Temos potencial para conquistar diversos mercados internacionais, agregando valor à nossa produção agrícola. Podemos gerar novos empregos e fazer com que a economia cresça junto com as empresas”.

Campinas agora é metrópole oficialmente

Campinas, no Interior Paulista, passou à condição de metrópole, segundo a pesquisa Regiões de Influência das Cidades (Regic), com base em dados de 2018, divulgados pelo IBGE nesta semana. O status de metrópole é compartilhado oficialmente com São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Salvador, Manaus, Florianópolis e Vitória, todas elas capitais. Com isso, São Paulo se tornou a primeira unidade da federação a ter duas metrópoles. Para o IBGE, Campinas atingiu o nível de metrópole por ter elevado o número de empresas e instituições públicas, atraindo contingentes populacionais muito significativos de outras cidades para acessarem bens e serviços.

Dinamismo empresarial

Segundo o IBGE, Campinas é a única metrópole que não é capital estadual, e isso ocorre devido ao alto dinamismo empresarial existente tanto no núcleo quanto na área de influência, bem como ao porte demográfico, cuja rede composta por 34 cidades ultrapassa os 4 milhões de habitantes. O gerente de Redes e Fluxos Geográficos do IBGE, Bruno Hidalgo, lembra que Campinas é um polo tecnológico e logístico relevante, cortada por rodovias importantes, com uma das principais universidades brasileiras, a Unicamp. O PIB regional é de R$ 214,9 bilhões e o PIB per capita é de R$ 48.902,34, o maior do país. Fazem parte desta rede diversos polos econômicos importantes, entre eles os de Americana e Rio Claro, além da proximidade com Jundiaí, Piracicaba e a região metropolitana de Sorocaba.