Em pouco mais de duas décadas, diminuiu o número de municípios com menos de 10 mil habitantes e aumentou o daqueles com mais de 400 mil no Estado de São Paulo. De acordo com os últimos dados da Fundação Seade, consolidados em 2023, os municípios com até 10 mil habitantes constituíam a maior parcela (42,3%), mas concentravam percentual bem reduzido da população (3,1%). Já aqueles com mais de 400 mil habitantes representavam somente 2,3% do total de municípios, mas abrigavam quase metade dos residentes no Estado (47,0%). De acordo com o estudo da Seade, somente 15 municípios possuíam mais de 400 mil habitantes em 2023 em São Paulo, somando quase 21 milhões de pessoas. E dos 645 municípios paulistas, 273 possuíam população inferior a 10 mil habitantes, sendo que 138 deles perderam população em relação a 2022, tendência que deve ser mantida.
Região Noroeste: menores
A distribuição dos municípios segundo o porte populacional mostra que os menores, com até 10 mil habitantes, estão mais localizados na região noroeste do Estado, enquanto os maiores, com mais de 400 mil habitantes, concentram-se principalmente na Região Metropolitana de São Paulo.
Contraste
Borá continua o município com a menor população, com apenas 902 habitantes, enquanto a capital soma aproximadamente e 11,4 milhões de residentes.
Perda de população
Dos 15 maiores municípios, sete perderam população entre 2022 e 2023. Um deles é a própria capital. Isso ocorre quando há saldo migratório negativo (diferença entre entrada e saída de habitantes) ou saldo vegetativo negativo (diferença entre nascimentos e óbitos). Em Mauá, o saldo vegetativo positivo não foi suficiente para compensar o migratório estimado negativo, resultando em perda populacional. Já Santos registrou saldos migratório e vegetativo negativos, também com redução de habitantes.
São Paulo turística
A Região Metropolitana de São Paulo concentrou cerca de 78% dos investimentos anunciados entre janeiro de 2021 e junho de 2024 para os serviços de turismo e lazer (R$ 7,3 bilhões). Os maiores investimentos referem-se a hotéis de luxo: Rosewood, na Avenida Paulista (R$ 1,5 bi); Faena, na região da Faria Lima (R$ 1 bi); e W São Paulo, na Vila Olímpia (R$ 600 mi). Outros destaques foram os resorts Thermas Water Park, em São Pedro (R$ 450 mi); Enjoy Solar das Águas Park, em Olímpia (R$ 435 mi); duas unidades Bendito Cacao, em Campos do Jordão e Águas de Lindóia (R$ 190 mi). Além do hotel Intercity, no Aeroporto de Guarulhos (R$ 130 mi).
Esportes e recreação
Em esportes e recreação, os valores mais altos envolvem a construção de novos centros esportivos e culturais do Sesc em Marília, Limeira, Franca e São Paulo (R$ 1,2 bi); a instalação do Beyond The Club, na capital (R$ 1,1 bi); e a do Acqua Thermas Park, em Sorocaba (R$ 150 mi). Outros destaques: arena de shows e outros eventos no complexo Anhembi (R$ 1,5 bi); os parques urbanos concedidos Zoológico, Zoo Safari e Jardim Botânico, em São Paulo (R$ 369 mi); e o Parque Capivari, em Campos do Jordão (R$ 90 mi). Em agências de viagens, destaca-se a modernização da CVC (R$ 200 mi).
Sustentabilidade
Rastrear os resíduos plásticos, desde sua origem até reinserção como matéria-prima na fabricação de um novo produto. Este é objetivo da plataforma Recircula Brasil, iniciativa da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) e da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), desenvolvida pela Central de Custódia, e que foi lançada em julho em São Paulo. A plataforma irá promover a reciclagem do plástico, impulsionando a economia circular deste material, um dos mais utilizados pela indústria brasileira.
Como funciona
A ferramenta utiliza notas fiscais eletrônicas para rastrear o caminho dos plásticos reciclados. Ela conecta essas notas, desde a compra dos materiais até a venda dos produtos finais, monitorando o percurso dos plásticos reciclados. Com essas informações, o sistema atesta a origem dos materiais e confirma que o produto contém plástico reciclado, garantindo transparência e confiabilidade.