Investimentos em mídia digital no Brasil chegaram a R$ 14,8 bilhões em 2017; especialista explica assunto
A TRIBUNA
Daniel Keppler/ Paulo Santos
Integrar vários veículos de comunicação, fazendo-os unir esforços em uma única plataforma. Esse é o objetivo do Grupo Tribuna, que lançou, nesta terça-feira (29/10), seu novo Portal. A expectativa é atender de forma mais eficiente uma necessidade do mercado que é tendência no mundo todo. Uma realidade onde a televisão ainda é soberana mas, cada vez mais, divide as atenções do mercado publicitário com a internet, que oferece uma infinidade de soluções editoriais e comerciais.
São várias as pesquisas que ajudam a entender esse movimento. Uma das mais recentes, a Mídia Dados Brasil 2018, revela que o Brasil já representa o quarto maior mercado de usuários de internet no mundo, com 3,6% de participação. Em números absolutos, isso representa por volta de 110 milhões de pessoas, cerca de 40% mais do que há seis anos.
Tal crescimento também se refletiu no investimento em mídia digital, segundo o Interactive Advertising Bureau (IAB), o total passou de R$ 11,8 bilhões em 2016 para R$ 14,8 bilhões no ano seguinte, uma alta de mais de 25%.
O resultado natural de tanto crescimento é maior capacidade de inserção na sociedade: hoje, de acordo com dados da Ipsos Connect, a internet só não tem mais poder de penetração no Brasil do que a TV aberta – e a diferença entre eles só diminui, principalmente nos segmentos onde as mídias virtuais são mais populares: entre usuários da Classe C e na faixa de 20 a 39 anos.
“Encontrar soluções”
O coordenador de vendas digitais da TV Tribuna, Sidney Batista, vê com otimismo a integração dos veículos, especialmente porque o diálogo com o mercado regional será, na opinião dele, facilitado. “Antes, eram poucos os projetos que a gente conseguia trabalhar de forma efetivamente conjunta, e para uma região como a nossa isso não é bom. Por isso é que será ótimo deixar de trabalhar de forma fragmentada”, afirma.
Além disso, Batista observa que, trabalhando com uma só equipe, o departamento comercial pode identificar mais rapidamente quais as melhores soluções para cada necessidade apresentada por um potencial cliente. “No fim das contas, nosso trabalho se trata disso: encontrar soluções. É nosso princípio. E com um veículo mais forte, fica mais rápido enxergarmos caso, por exemplo, ela não esteja na rádio ou no jornal, e sim na internet”, detalha.
Essa compreensão é importante, segundo ele, pois nem sempre o anunciante tem certeza sobre como quer expor sua marca – afinal, as possibilidades são muitas, e a cada dia só aumentam.
“A empresa muitas vezes fica confusa, e também faz parte do nosso trabalho ajudá-lo a tomar essa decisão. Mas depende de muitos fatores, como por exemplo se a empresa quer resultados rápidos, ou reforçar relacionamento com o cliente, ou ainda fortalecer sua marca junto ao mercado. Tudo isso é importante, claro, mas às vezes a necessidade não é óbvia. A Apple, por exemplo, faz propaganda de televisão, e muitos acham que ela não precisaria. Mas precisa, pois a empresa quer ampliar sua penetração nas massas e a internet ainda não lhe proporciona isso. Na verdade, no fundo, nem mesmo o jornal perdeu sua atratividade; as pessoas gostam de pegar o jornal, certos hábitos não mudam. Há uma migração, mas acabar não vai”, explica.
Credibilidade
Outra consequência positiva do novo posicionamento do Grupo, de acordo com Batista, foi o reforço da credibilidade dos veículos digitais, tanto G1 Santos quanto A Tribuna On-line. “São públicos diferenciados entre si, por isso a partir do momento em que há uma integração, há também uma soma de esforços que acarreta em um ganho de credibilidade. E então, o anunciante passa a pensar duas vezes antes de anunciar em qualquer outro local”, diz.
Ele reforça essa questão, ainda, contrapondo as plataformas com o espaço de mídia oferecido atualmente nas redes sociais, onde haveria uma “bolha de confiança” prestes a estourar. “As empresas, aos poucos, começam a perceber que não bastam likes ou compartilhamentos se não há vendas. Mais do que isso, cada vez mais se exige saber qual a origem de uma informação, ou quem administra a página x ou y. Hoje em dia, muitas ferramentas manipulam dados em redes sociais, como robôs que simulam engajamento, e isso é considerado pelo anunciante. Antes não se percebia, mas essa bolha está estourando”, declara.
Batista conclui seu raciocínio projetando um futuro muito positivo para o mercado digital, tanto no Brasil quanto na própria Baixada Santista. E esse futuro, segundo ele, beneficiará a todos que apostarem nesse segmento para crescer.
“Para nosso modelo, de produzir conteúdo comercial com credibilidade, é muito bom. Ainda temos a TV, que é muito forte, mas as outras plataformas têm crescido muito, e confiamos em um crescimento ainda maior em um futuro próximo”, conclui.
Novos formatos
O Portal A Tribuna é reconhecido por seus leitores e anunciantes como um veículo digital que transmite credibilidade e conteúdo de qualidade. E como qualquer projeto que almeja alcançar novos alvos, é preciso se reinventar.
Do ponto de vista comercial, essas mudanças são vistas com bons olhos e prometem ajudar o Grupo a oferecer um produto cada vez mais valorizado no mercado. A partir de agora, o site funcionará com seis plataformas de banners diferentes: Billboard, Maxiboard, Super Leaderboard, Super Banner, Retângulo Médio e DHTML.