Wilson Marini – Rede APJ
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Esta coluna é publicada pelos grupos de comunicação da Associação Paulista de Portais e Jornais (APJ), rede formada por 16 líderes de prestígio regional com circulação no Estado de São Paulo
O projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) do Estado de São Paulo para 2022, em tramitação na Assembleia Legislativa, recebeu 26.614 emendas de parlamentares e da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento. O número é quase o dobro do registrado no ano passado, quando foram protocoladas 15.161 emendas. O orçamento totalizará R$ 286,5 bilhões. Desse total, R$ 27,5 bilhões estão previstos para investimentos.
Demandas locais em alta
O deputado Gilmaci Santos (Republicanos), presidente da comissão, acredita que o aumento de propostas pode ter sido causado pela maior procura por recursos por parte dos municípios, e também pelo aumento de 17% do valor dedicado ao orçamento para o próximo ano, que o governo estadual divulgou como sendo um recorde. “Este ano, a Assembleia foi visitada muito mais por prefeitos, vereadores, entidades. Pessoas que precisam de recursos lá na ponta”, diz o deputado.
Saúde preocupa
Além disso, a pandemia pode ter desviado a atenção de outros problemas no cotidiano das cidades, segundo o deputado. “As cirurgias eletivas, os exames laboratoriais que estão para trás, isso precisa ser corrigido. As necessidades das prefeituras também aumentaram. Não tem pandemia, mas tem outro tipo de problema na ponta”, afirma. Boa parte das demandas são voltadas à área da saúde.
Audiências públicas
Já o deputado Dirceu Dalben (PL) atribui o grande número de emendas às audiências públicas do Orçamento 2022. Por meio das 26 audiências públicas realizadas para a discussão do Orçamento de 2022, em municípios do Estado de São Paulo, a Alesp elaborou um documento que resume as demandas apresentadas nas reuniões. O relatório na integra está disponível no portal da Alesp (//www.al.sp.gov.br/). O público pode acessá-lo na aba Audiências Públicas do Orçamento > Orçamento 2022.
Efeitos da F1
O governo estadual anunciou que a realização do Grande Prêmio São Paulo de Fórmula 1 deve gerar impacto financeiro de R$ 810 milhões e 8,5 mil empregos temporários. O GP São Paulo garantiu uma exposição publicitária estimada em US$ 302 milhões (R$ 1,7 bilhão), 54,2% maior que em 2019. A prova é transmitida para quase 200 países, incluindo os principais emissores de turistas para o Brasil, chegando a 500 milhões de espectadores.
Inovação em Turismo
Estão abertas as inscrições para o Desafio SP de Inovação em Turismo, uma competição de projetos inovadores voltados para o setor do turismo. Aberto a startups, consultorias e membros da comunidade acadêmica, como professores, pesquisadores e estudantes, o objetivo é apoiar a recuperação do setor com projetos de base tecnológica. A avaliação considera o modelo de negócio, a sustentabilidade, a escalabilidade, o perfil e o histórico da equipe, além do impacto para o setor.
Bombando
A flexibilização das medidas de isolamento social, resultante do avanço da vacinação contra a covid-19, tem reaquecido o ritmo de atividade dos serviços turísticos. A expectativa é que o segmento contrate 478,1 mil trabalhadores formais entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022. Desse total, 81,7 mil serão voltados, especificamente, para atender à demanda da alta temporada, com vagas temporárias, segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
De volta ao passado
De acordo com o Índice de Atividades Turísticas, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de receitas do setor avançou 49,1% desde o fim da segunda onda da pandemia no Brasil. E, embora ainda esteja 20,7% abaixo do nível registrado antes do início da crise sanitária, é o melhor resultado desde fevereiro de 2020. A CNC projeta que as atividades turísticas faturem R$ 171,9 bilhões ao longo da próxima alta temporada, o que contribuiria para levar o nível de volume de receitas ao patamar registrado imediatamente antes do início da pandemia a partir de maio de 2022.
Recorde de empresas
Neste final de ano de 2021, já é possível concluir que São Paulo vai superar o número anual de empresas abertas na série histórica realizada desde 1998. No montante de constituições registradas pela Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), o estado alcançou a marca de 236.008 novos empreendimentos até outubro. Comparado a todo ano de 2019, período com, até então, maior número de constituições registradas nos últimos 23 anos, 2021 apresenta uma alta de aproximadamente 5,08% de novas empresas abertas.
Mortalidade infantil em 1 dígito
Em 2020, a taxa de mortalidade infantil no Estado de São Paulo foi de 9,75 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos, retomando tendência decrescente observada neste século, após período de relativa estabilidade. Pela primeira vez, a mortalidade infantil paulista alcançou patamar de um dígito. Nos últimos 20 anos essa taxa reduziu-se em 42%. O risco diminuiu em todos os componentes da mortalidade infantil, sendo que o neonatal precoce (0 a 6 dias) ainda representa a maior proporção dos óbitos infantis (51% do total).
Contrastes regionais
Em 2020, as maiores taxas ocorreram na Baixada Santista (11,1 óbitos por mil nascidos vivos), Registro (10,7), Itapeva e Presidente Prudente (ambas com 10,5), enquanto as menores foram observadas em São José do Rio Preto (7,8), Ribeirão Preto (8,6) e Campinas (8,9).