Contexto Paulista: InvestSP convoca municípios a se prepararem para a chegada do 5G

Wilson Marini – Rede APJ

Esta é publicada pela Associação Paulista de Portais e Comunicação (APJ), rede de coluna de grupos de 16 líderes de prestígio regional com circulação

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A InvestSP (Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade) reuniu gestores públicos de todo o Estado no último fim de semana, no Guarujá, para debater a importância da gestão municipal na chegada da internet 5G, que garantirá uma navegação até 100 vezes mais rápida e deve injetar até R$ 270 bilhões na economia paulista nos próximos anos seja na implantação da infraestrutura ou na geração de negócios segundo indicam dados do setor. 

Gargalo das velhas antenas

O principal gargalo para a chegada do 5G é a questão das leis municipais de antenas, que não permitem que as operadoras invistam na infraestrutura necessária. A tecnologia exige um número de antenas até 10 vezes maior que o atual, mas com novas regras para a ocupação do solo, por exemplo, uma vez que elas devem ser instaladas nos mais variados espaços, como fachadas de imóveis, postes e semáforos.

Legislação defasada

Segundo a InvestSP, existe um cronograma determinado pela Anatel com base no tamanho da população de cada cidade e que prevê a chegada do 5G às capitais ainda neste ano. Porém, a tendência é que quanto antes os municípios alterem suas leis, mais rápido as operadoras invistam na infraestrutura. “As leis municipais de antenas são, a grande maioria, do começo dos anos dois mil, quando a internet rápida começou a se expandir no país. Como a tecnologia mudou bastante, inclusive com o 5G, vários artigos dessas legislações não fazem mais sentido. Por isso temos trabalhado para levar informação, apoiar os municípios e criar condições para atrair investimentos na nova tecnologia”, diz Caio Cristófalo, analista da InvestSP.

Circuito das Águas é exemplo

A tendência é que mais de 600 municípios paulistas precisem modernizar suas leis. Um dos destaques positivos fica por conta das cidades do chamado Circuito das Águas, na região de Campinas, que decidiram atualizar suas legislações e estão prontas para receber o 5G. Dados do movimento Antene-se, que reúne várias entidades do setor e monitora a questão das legislações, apontam que em todo o Brasil apenas 99 cidades, menos de 2% do total, contam com leis de antenas atualizadas.

Aumento por EAD

Entre 2019 e 2020, os cursos de ensino a distância (EAD) cresceram de 482.501 matrículas para 638.233, no Estado de São Paulo. No mesmo período, as matrículas de ensino presencial diminuíram de 1.548.848 para 1.436.938, de acordo com dados da Fundação Seade com base nas informações do Ministério da Educação. A mudança foi influenciada pela pandemia, mas especialistas projetam que a tendência de valorização de cursos virtuais, especialmente universitários, deve permanecer.

As modalidades

Segundo o grau acadêmico, em 2020, o bacharelado apresentou 63,5% das matrículas, a licenciatura participou com 15,1% e o tecnológico com 21,4%, comportamento similar ao ano anterior. Os cursos que mais receberam matrículas foram Pedagogia com 190.482, Direito com 167.031 e Administração com 151.991 matrículas. Os três cursos também foram os preferidos pelo sexo feminino. Os homens, em termos relativos, escolheram mais os cursos de Sistemas de Informação e a Engenharia.

Preferência pelo celular

Estudo inédito no Estado de São Paulo aponta que quase a metade dos usuários acessam a internet exclusivamente por meio de telefones celulares no Estado de São Paulo. Ou seja, cerca de 16 milhões de paulistas utilizam somente esse dispositivo, em comparação com aqueles que acessam a internet a partir de múltiplos dispositivos, incluindo o computador. A conclusão é de estudo que quantificou a posse de telefones celulares, os acessos e usos da internet por meio desses dispositivos em comparação com os dados do Brasil, tendo como base os resultados da pesquisa TIC Domicílios. O levantamento é resultado de parceria entre a Fundação Seade e o Cetic.br|NIC.br. Em 2020, 92% das pessoas com mais de dez anos eram usuários de celulares, restando pouco mais de 3 milhões de residentes que não utilizaram esse dispositivo no período. A proporção de uso no Estado é similar à média nacional (93%).

Pandemia X óbitos

Entre 2019 e 2021, houve aumento de 41% de óbitos no Estado de São Paulo. No Estado de São Paulo, o total de mortes chegou a 427,6 mil em 2021, 41,0% a mais do que em 2019. O aumento foi em decorrência da pandemia de Covid-19, de acordo com estudo da Fundação Seade com base nas informações dos cartórios de registro civil. Enquanto até 2019 o acréscimo contínuo dos óbitos (média de 1,3% ao ano) era devido, principalmente, ao crescimento populacional e envelhecimento demográfico, entre 2019 e 2020 passou para 14,7% e, entre 2020 e 2021, para 23,0%.

Idosos – maior volume

Os idosos de 60 a 69 anos apresentaram o maior aumento absoluto, com 30,3 mil mortes a mais entre 2019 e 2021, seguido daqueles de 70 a 79 anos, com 28,0 mil. O maior aumento relativo, porém, foi observado para o grupo de 40 a 49 anos, que registrou 78% de mortes a mais no período, e daqueles de 30 a 39 anos e 50 a 59 anos, ambos com incremento de 64%.