Contexto Paulista: Indústria automobilística puxa investimentos anunciados em SP

Wilson Marini – Rede APJ

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Esta coluna é publicada pela Associação Paulista de Portais (APJ), redesenhada por 16 líderes de prestígio regional com circulação no Estado de São Paulo.

A Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo (Piesp), da Fundação Seade, indica que entre janeiro de 2019 e outubro de 2022, os investimentos anunciados para a indústria paulista totalizaram R$ 59,1 bilhões. A principal responsável por esse crescimento foi a produção automotiva.

Montadoras no ABC e Interior
Os maiores investimentos foram anunciados pelas montadoras Great Wall Motor (R$ 10 bilhões em Iracemápolis), General Motors (R$ 7 bilhões em São Caetano do Sul e São José dos Campos), Toyota (R$ 1,7 bilhão em Indaiatuba e R$ 1 bilhão em Sorocaba), Volkswagen (R$ 2,4 bilhões em São Bernardo do Campo), Honda (R$ 2,1 bilhões em Itirapina), Scania (R$ 1,6 bilhão em São Bernardo do Campo), Hyundai (R$ 625 milhões em Piracicaba) e Mercedes-Benz (R$ 307 milhões, em São Bernardo do Campo).

Por região
A região de Campinas concentrou 53% dos investimentos anunciados na indústria automotiva paulista (R$ 14,4 bilhões). Outros R$ 4,2 bilhões destinaram-se à Região do Grande ABC, R$ 1,0 bilhão à região de Sorocaba, R$ 300 milhões à região de São José dos Campos e R$ 100 milhões à região Central. Investimentos em mais de uma região somaram R$ 7,0 bilhões, englobando ABC e Vale do Paraíba.

Emprego formal paulista aumenta
No 3º trimestre de 2022, foram gerados 202.432 postos de trabalho (1,6% do total) no Estado de São Paulo. Em comparação com o 3º trimestre de 2021, o aumento foi de 630.348 (5,4%) ocupações. Os números são da pesquisa da Fundação Seade com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O estoque de empregos formais do estado, em setembro de 2022, totalizava 13.222.572, o que representa 31,0% do total de empregos do Brasil.

Por setores da economia
Comparando o 3º trimestre de 2022 com mesmo trimestre de 2021, houve acréscimos na ocupação da construção (10,7%), dos serviços (6,3%), do comércio (4,5%), da indústria (3,3%) e da agricultura, pecuária e pesca (1,6%). Em relação às ocupações com maior número de admissões, os destaques são: alimentador de linha de produção, auxiliar de logística, faxineiro, atendentes de lojas e mercados e auxiliar de escritório.

Desempenho por regiões
Todas as regiões do estado apresentaram saldos positivos no terceiro trimestre. As regiões administrativas de Campinas e Sorocaba apresentaram crescimentos de 37.593 e 11.913 postos, respectivamente. Já a região metropolitana do Vale do Paraíba obteve aumento de 10.360 postos formais e a de Ribeirão Preto registrou acréscimo 8.099 empregos. Na Região Metropolitana de São Paulo, 102.218 (1,5%) postos de trabalho foram criados no 3º trimestre, o que representa 374.058 (5,7%) postos de trabalho a mais na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em setembro de 2022, os empregos formais da RMSP representavam 52,7% do total do Estado.

PIB paulista sobe
Ainda de acordo com a Fundação Seade, o Produto Interno Bruto – PIB do Estado de São Paulo aumentou 0,7% no trimestre encerrado em setembro, já descontados os efeitos sazonais. No acumulado dos últimos quatro trimestres, a economia paulista cresceu 2,2% com acréscimos nos setores dos serviços (3,4%) e agropecuária (1,2%) e queda na indústria (-1,6%). Na comparação com o mesmo trimestre de 2021, houve expansão de 3,7% do PIB, com crescimento em todos os setores: 3,7% na agropecuária, 2,9% na indústria e 3,4% nos serviços.

Projeção otimista
A partir desses resultados, as projeções da Fundação Seade para o PIB paulista em 2022 tiveram uma melhora, com mínima de 2,3%, média de 2,6% e máxima de 3,0%. No caso do PIB nacional, as projeções são de mínima de 2,5%, média de 2,9% e máxima de 3,1%. Em outubro, o PIB+30 paulista (indicador que permite observar as estatísticas preliminares do PIB do Estado de São Paulo) cresceu 0,2%, e manteve-se em patamar superior aos níveis anteriores à pandemia. Na comparação com outubro de 2021, o PIB+30 avançou 3,6%, já no acumulado de 12 meses, o indicador registrou aumento de 2,5%.

Doença sob controle
A mortalidade por Aids no Estado de São Paulo vem apresentando ritmo de queda desde 1995 no Estado de São Paulo, quando foi atingido o maior patamar, com 7.739 óbitos: 5.850 homens e 1.889 mulheres. Já em 2021, esse número caiu para 1.719, com 1.237 na população masculina e 482 na feminina, de acordo com pesquisa da Fundação Seade.

Por regiões
As taxas de mortalidade por Aids apontam visível queda em todas as regiões, com comportamentos diferenciados entre elas. No Estado de São Paulo, ocorreram 22,9 óbitos por 100 mil em 1995, 7,6 em 2010 e 3,8 em 2021. A DRS da Baixada Santista se destaca com as maiores taxas nesses três anos: 43,5 óbitos por 100 mil em 1995, momento mais alto da epidemia; 14,3 em 2010, ano em que a maioria das regiões já apresentava taxas inferiores a dez; e 6,8 em 2021, ainda na liderança, mas aproximando-se das demais regiões.